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segunda-feira, 6 de abril de 2009

TERREMOTO NA ITÁLIA

O terremoto registrado na madrugada desta segunda-feira na Itália causou danos substanciais ao patrimônio cultural. A região mais atingida pelo tremor foi a de Abruzzo, onde estão igrejas, museus e edifícios históricos. De acordo com a agência Ansa, o secretário-geral do Ministério dos Bens e as Atividades Culturais, Giuseppe Proietti, divulgou o primeiro balanço dos prejuízos.
Proietti informou que parte da Basílica de Santa Maria di Collemaggio, igreja fundada no século XIII, que abriga o túmulo do papa Celestino V, desbaou. Também foi danificada parte da igreja de Sant'Agostino, que é considerada um dos principais edifícios barrocos da região e que já havia sido destruída e reconstruída após um terremoto, em 1703.
As Termas de Caracalla, um complexo de banho da época imperial situado em Roma, a cerca de 100 km do local do epicentro do tremor, foi afetado pelo terremoto. "Após o sismo desta noite, uma primeira vistoria mostrou que as Termas sofreram danos", declarou o responsável pelos Bens Arqueológicos de Roma, Angelo Bottini.
Bottini assegurou ainda que os Fóruns, o Palatino e o Coliseu não foram atingidos e abriram normalmente ao público nesta segunda.

Um forte terremoto sacudiu a região central da Itália enquanto moradores dormiam na madrugada desta segunda-feira, matando mais de 90 pessoas e deixando mais de 100 mil desabrigados e cerca de 1,5 mil feridos, informam as autoridades italianas.
"Algumas cidades da região foram virtualmente destruídas em sua totalidade," disse Gianfranco Fini, presidente da Câmara dos Deputados, antes de o Parlamento respeitar um minuto de silêncio pelas vítimas.
A agência de notícias italiana Ansa, citando depoimento de equipes de resgate, disse que o número de mortos chegou a 92 quase 12 horas após o tremor.
Os mortos estavam em sua maioria em L'Aquila, uma cidade montanhosa do século 13 a cerca de 100 quilômetros de Roma, com 68 mil habitantes, e vilarejos vizinhos na região de Abruzzo.
Vinte e seis cidades foram seriamente atingidas no terremoto mais mortal da Itália desde 1980, quando um sismo de 6,5 graus matou 2.735 pessoas no sul do país.
Moradores de Roma, que raramente é atingida por atividade sísmica, foram acordados pelo terremoto, que teve intensidade entre 5,8 e 6,3 graus e ocorreu por volta das 3h30 (horário local, 22h30 de domingo no horário de Brasília).
Casas mais velhas e edificações feitas de pedra, particularmente em vilarejos remotos que não passaram por um processo de restauração, desabaram como casas de palha no pior terremoto a atingir a Itália em quase 30 anos.
Centenas de pessoas ficaram feridas e cerca de 15 mil edifícios foram interditados.
O primeiro-ministro Silvio Berlusconi cancelou uma viagem a Moscou e declarou emergência nacional, o que lhe possibilita liberar fundos para assistência e reconstrução.
O papa Bento XVI disse que está fazendo uma oração especial pelas vítimas.
Hospitais faziam apelos por ajuda de médicos e enfermeiros através da Itália. Um mau cheiro de gás cobria algumas partes das cidades montanhosas, após a ruptura de dutos.
"Milhares de edifícios desabaram ou foram danificados", afirmou Agostino Miozzo, uma autoridade da Defesa Civil.
Uma moradora de L'Aquila, observando um conjunto de apartamentos que foi reduzido à altura de uma pessoa adulta, afirmou: "O prédio tinha quatro andares".
Alguns carros ficaram sob os escombros.
Em outra região da cidade, moradores tentaram calar os gritos das pessoas para identificar de onde vinha o choro de uma criança.
Houve inúmeros relatos de desabamentos de igrejas do estilo renascentista. Uma parte de uma residência universitária e de um hotel desabaram em L'Aquila, deixando dezenas de feridos e soterrados.
O terremoto levou ao chão a torre do sino de uma igreja no centro de L'Aquila. Pontes e rodovias na área montanhosa foram fechadas por precaução.
Semanas antes do desastre, um cientista italiano previu que um grande terremoto ocorreria nos arredores de L'Aquila, baseado nas concentrações de gás radônio em áreas sismicamente ativas.
O sismólogo Gioacchino Giuliani foi notificado pela polícia por "espalhar o temor" e forçado a remover suas descobertas da internet. A Agência de Defesa Civil da Itália reassegurou aos moradores, no fim de março, que os tremores sentidos eram "absolutamente normais" para regiões sismicamente ativas.
O terremoto foi o mais recente e de maior magnitude de uma série de tremores que atingiram a região no domingo e nesta segunda-feira. Os tremores são particularmente perigosos na Itália, pois muitos edifícios têm séculos de existência.
Com informações da EFE, Reuters e New York Times

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