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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

COM QUE VINHO VOCE PASSA O REVEILLON ?


Uvas para vinhos tintos

Alicante (ou monastrell, mataro, mourvèdre): espanhola, essa uva também é conhecida como Monastrell, em outras regiões da Espanha. Produz bons vinhos, secos e equilibrados, com sabor marcante de frutas vermelhas, como cereja, amora, framboesa. No sul da França, essa mesma uva é conhecida como Mourvèdre. Geralmente é misturada a outras uvas, como shyrah, grenache e cinsault.
Países: França, Espanha e Austrália
Harmonização: carnes, sopas, chouriço e salame. Queijos amarelos e pães salgados.

Barbera: típica do Piemonte, noroeste da Itália é uma das variedades mais cultivadas do país. Resulta em vinhos leves, ideais para o dia-a-dia do verão e da primavera. Tem exemplares escuros e frutados, com alta acidez.
Países: Itália (Piemonte), Estados Unidos (Califórnia) e Argentina.
Harmonização: massas com molho de tomates frescos, queijos amarelos (gruyére itálico), carnes leves e aves.

Cabernet Franc: originária da região Bordeaux, na França, é mais leve e com menos taninos que a cabernet sauvignon, amadurecendo mais cedo. É muito usada junto a outras uvas, como a cabernet sauvignon, merlot e petit verdot.
Países: França (Bordeuax, Loire), Argentina, Austrália, Estados Unidos (Califórnia) e Nova Zelândia
Harmonização: uma boa opção para sanduíches e refeições rápidas. Vai bem com carnes leves, aves defumadas e sopas.

Cabernet Sauvignon: resultado do cruzamento cabernet franc com a sauvignon blanc, a cabernet sauvignon é considerada a rainha das uvas. É a mais difundida em todo o mundo e responsável pelos melhores rótulos do planeta. Aparece em grandes vinhos de Bordeaux (Latour, Mouton-Rothshild, Lafite, Latour, Margoux, entre outros). Aposte nos Cabernet Sauvignon com safra acima de 4 anos, pois eles precisam de um tempo de amadurecimento no produtor, a fim de afinar os taninos agressivos, e dar corpo ao vinho. Aí sim aparece o valor da variedade, sua estrutura, seu corpo, seus aromas de cassis e ameixas pretas, tabaco, tons de cacau, baunilha. Enriquece quando misturada à merlot, cabernet franc, shiraz, petit verdot ou malbec. Na Austrália geralmente é mesclado ao shiraz. Produz os melhores tintos do Brasil e do Chile.
Países: França (Bordeaux), Estados Unidos (Califórnia), Chile, Argentina, Austrália, África do Sul, Itália e Brasil.
Harmonização: carnes vermelhas, goulash, strogonoff, souflés de queijo e batatas; carne seca com purê de mandioca

Carmenère: hoje pode-se dizer que trata-se de uma uva chilena, mas é originária de Bordeaux, na França, e aparece também na Califórnia e na Argentina. Seus vinhos não devem ter consumo imediato, pois antes de três anos estarão desequilibrados devido à acidez e aos taninos agressivos.
País: Chile
Harmonização: carnes vermelhas, feijoada e assados. Não deve ser utilizada para acompanhar pratos com molho de tomate ou pratos leves e saladas.

Malbec: sua terra hoje é Mendoza, na Argentina. Embora, seja originária de Bordeaux, onde é muito tânica e usada somente misturada a outras cepas. Garrafas que apresentam safras menores do que três anos abrigam vinhos desequilibrados, com álcool, acidez e taninos acentuados.
Países: França, Argentina e Chile
Harmonização: carnes vermelhas, churrasco, feijoada, e queijos fortes. Não combina com saladas, defumados, queijo gorgonzola, nem molhos à base de tomates.

Merlot: seu berço de produção é em Bordeaux, na França, mais precisamente em Saint-Emilion, da onde nascem os famosos Chateau Cheval Blanc e Chateau Petrus. Espalha-se por todo o mundo, com destaque para os produzidos no Chile, Califórnia e Nova Zelândia. Pode desenvolver aromas de chocolate e frutas vermelhas maduras quando colhidas com a maturação correta.
Países: França (Bordeaux), Norte da Itália, Estados Unidos, Chile, Austrália, Nova Zelândia, Argentina, Brasil.
Harmonização: faz boa dupla com carnes, caças e aves, exceto o frango e queijos amarelos. Também combinam com carne de porco, batatas, mandioca frita e ervilhas.

Nebbiolo: originária do Piemonte, na Itália, é a mãe dos melhores e mais valorizados tintos italianos: Barolo e o Barbaresco. São bebidas intensas, frutadas, com alta acidez, o que torna obrigatório seu envelhecimento. Esses sim, quanto mais velho, melhor. Geralmente, espera-se no mínimo quatro anos para abrir uma garrafa
País: Itália
Harmonização: assados (coelho, javali, vitela) com molhos expressivos (rôti e funghi).

Periquita: produz o mais famoso vinho de Portugal, fora o Porto. Leva o mesmo nome de Periquita.
País: Portugal
Harmonização: aves e assados de carne suína (pernil e lombinho). Tortas salgadas, de queijo, frango com catupiry, bacalhau ou palmito.

Pinot Noir: uva típica da Borgonha, produz os vinhos mais admirados do mundo. Os exemplos mais clássicos são os renomados (e caros) vinhos de Romanée-Conti, Volnay, Clos de Vougeat e outros tantos da Borgonha. A uva também faz parte da receita que compõem os vinhos da Champagne.
Países: França, Califórnia, Chile, Itália, África do Sul.
Harmonização: perfeito para aves, caça, vitela, javali e carna suína. Carnes vermelhas bem preparadas e queijos

Sangiovese: é a base dos grandes vinhos da Toscana, boa parte da Úmbria, e Lazio (próximo a Roma), como Chianti, Brunello di Montalcino e Vino Nobilo de Montpulciano.
Países: Itália, Estados Unidos e Argentina
Harmonização: salada de radicce com tomates ao vinagrete de ervas, capeletti in Brodo, ossobuco e risoto Milanês, terrine de pato, fettuccine com almôndegas e molho de tomates ou uma pizza ao molho de tomates.

Syrah/Shiraz: trazida para o Ocidente, criou raízes "modernas" no sul da Borgonha e na Provence (França), onde é conhecida como uva do Rhone, que resulta vinhos de coloração intensa, bem encorpados e aromas de frutas vermelhas. Hoje casta principal dos Côtes-du-Rhône, do famoso Chateauneuf-du-Pape, e dos Côtes-de-Provence. É responsável pelos grandes rótulos da Austrália.
Países: França (Rhône), Austrália, África do Sul e Argentina
Harmonização: carnes, aves e queijos amarelos, fondues, crepes e soufflés.

Tannat: original de Bordeaux (França), hoje é a variedade que reina no Uruguai, altamente tânica e com perfume de amora e framboesa.
Países: Uruguai e França.
Harmonização: pato assado, presunto cru ou cozido, pizza margherita ou calabresa. Costela no bafo ou um prato de frango assado, com polenta e agrião.

Tempranillo: considerada a melhor uva tinta espanhola, cultivada nas regiões de Rioja e Ribeira del Duero. Resulta um vinho colorido, com baixa acidez, pouco tânico e que envelhece bem no carvalho que lhe confere aromas de tabaco.
Países: Espanha, Portugal e Argentina
Harmonização: carnes grelhadas

Uvas para vinhos brancos

Chardonnay: tem origem nas regiões de Champagne e Borgonha (França), mas hoje está espalhada pelo mundo todo por sua facilidade de cultivar e vinificar. É usada na produção de clássicos de alta qualidade e reputação na Borgonha, como Chablis, Montrachet e Poully-Fussé, além de ser um importante ingrediente do champanhe.
Países: França (Borgonha), Estados Unidos (Califórnia), Austrália, Nova Zelândia, Chile, África do Sul, Argentina, Brasil
Harmonização: peixes leves, carne branca, pratos simples e saladas. Ou mesmo acompanhando frutas e queijos num final de tarde de outono.

Chenin Blanc: original do vale do Loire (norte da França), já próximo do Atlântico, responsável pelo famoso Vouvray, dá vinhos secos ou doces
Países: França (Loire), EUA, África do Sul (conhecida como steen), Austrália e Nova Zelândia.
Harmonização: peixes leves, carne branca, pratos simples e saladas, sendo uma boa pedida para fondues de queijo.

Gewürztraminer: famosa uva branca da Alsácia (nordeste França), já na fronteira com a Alemanha. A palavra alemã "gewürz" significa aromático, temperado e "würz" quer dizer tempero, especiarias. Daí a produção de vinho frutado, muito aromático, com sabor complexo.
Países: França (Alsácia), Alemanha, Itália, Chile, África do Sul, Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia.
Harmonização: comida regional da Alemanha e da Alsácia, como um kassler (carré de porco) com repolho roxo maturado, batatas cozidas amanteigadas e purê de maçãs. Queijos brie e camembert, com geléias de pimenta e torradas são outras boas combinações

Muscat (Moscato e Moscatel): usada para vinhos secos na Alsásia e para espumantes italianos do tipo Asti Espumante e Moscato Bianco, esta uva é plantada no mundo todo é própria de vinhos doces perfumados.
Países: França (Alasácia), Portugal, Espanha e Itália
Harmonização: bolos e doces.

Pinot Gris: uva da família pinot noir do nordeste e leste da França. No norte da Itália é a Pinot grigio. Produz vinhos brancos leves, jovens e secos na Itália e mais ricos e perfumados, na região francesa da Alsácia.
Países: França (Alsácia), Itália, Alemanha, Hungria e Nova Zelândia
Harmonização: acompanha bem saladas e pratos leves, queijo de cabra e bruschetta.

Prosecco: encontrada na região de Vêneto, na Itália, resulta em espumantes frescos, frutados, com pouco acidez.
Países: Itália, Brasil
Harmonização: com canapés, saladas, mousses salgadas e salmão fresco ou defumado e comida japonesa.

Riesling: considerada a melhor uva branca do mundo ao lado da chardonnay. Original do vale do Reno, na Alemanha (Baden) e na França (Alsácia), produz vinhos com acidez elevada e teor alcoólico baixo, aromas delicados e florais.Os melhores riesling são encontrados na Alemanha.
Países: Alemanha, Áustria, Austrália, Nova Zelândia, França (Alsácia) e EUA.
Harmonização: comida alemã, como salsichas, batatas souté, carré de porco, kassler, chucrutes, maionese de batatas e arenque. Saladas, queijos amarelos, frios, cogumelos, salmão fresco ou defumado e aspargos.

Sauvignon Blanc: Apresenta acidez aguda e aromas frutados. Uva de ótima qualidade, também é comparada a chardonnay.
Países: França (Loire, Bordeaux), Nova Zelândia, Chile, Áustria e África do Sul.
Harmonização: peixes, ostras, carne branca, pratos simples e saladas.