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sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Forjando a Armadura


Nego-me a submeter-me ao medo. Que me tira a alegria da minha liberdade.
Que não me deixa arriscar nada.Que me torna pequeno e mesquinho, que me amarra,
Que não me deixa ser direto e franco, que me persegueQue ocupa negativamente a minha imaginação,
Que sempre pinta visões sombrias.
No entanto, não quero levantar barricadas por medo do medo.
Eu quero viver e não quero encerrar-me.
Não quero ser amigável por medo de ser sincero.
Quero pisar firme porque estou seguro, e não para encobrir o meu medo.
E, quando me calo, quero fazê-lo por amor e não por temer as conseqüências de minhas palavras.
Não quero acreditar em algo só pelo medo de não acreditar em nada.
Não quero filosofar, por medo que algo possa me atingir de perto
Não quero dobrar-me só porque tenho medo de não ser amável
Não quero impor algo aos outros pelo medo de que possam impor algo a mim.
Por medo de errar, não quero me tornar inativo.Não quero fugir de volta ao velho, o inaceitável. Por medo de não mesentir seguro de novo.Não quero fazer-me importante porque tenho medo de ser ignorado.
Por convicção e amor, quero fazer o que faço e deixar de fazer o que deixo de fazer
Do medo quero arrancar o domínio e dá-lo ao amor.
E quero crer no reino que existe em mim.

Rudolf Steiner

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